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Aumento no diesel provocará efeito dominó nos preços em SC

reajuste no preço do diesel e da gasolina começou a valer nesta terça-feira (26). Por conta disso, o frete também passará por um novo aumento, resultando em um efeito dominó nos preços em Santa Catarina.

Primeiro, é importante destacar que o óleo diesel é o combustível usado por caminhões no Brasil. Além disso, os custos com abastecimento representam de 40% a 60% do preço do frete, de acordo com a Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina).

Apesar dos motoristas notarem no bolso o aumento da gasolina já nesta terça-feira (26), o efeito dominó nos preços das mercadorias não será sentido de imediato, mas apenas na segunda metade de novembro.

“O novo aumento deve surtir efeitos apenas daqui uns 30 dias. Poderia ser em um período menor, mas tem todo o processo de explicar o motivo do aumento e negociação com a classe para o repasse. Infelizmente, toda a sociedade sente as consequências”, finaliza o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.

Óleo diesel aumenta 43% em apenas 1 ano em SC

Santa Catarina registrou um aumento de 43,74% no preço médio do litro do óleo diesel em apenas um ano, passando de R$ 3,399, em outubro de 2020, para R$ 4,886 no mesmo mês deste ano, conforme pesquisa realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Vale ressaltar que o levantamento ainda não levou em conta o reajuste de 9,15% para as distribuidoras.

Veja os aumentos do diesel nos últimos 12 meses:

Desde outubro de 2020, o óleo diesel registrou aumentos em cinco meses sucessivos, passando de R$ 3,399 para R$ 4,103. Após uma pequena baixa entre os meses de março e abril, o preço médio do combustível passou por mais cinco aumentos até chegar aos R$ 4,886 do mesmo mês deste ano.

Antes disso, a Petrobras anunciou, no fim de setembro, um reajuste que acarretou em um acréscimo de cerca de R$ 0,22 no preço praticado na bomba, mas já repassado no valores dos fretes.

Greve dos caminhoneiros

As seguidas altas no preço do óleo diesel são um dos principais fatores que leva a classe organizar uma greve para a próxima segunda-feira (1°). O cenário não é diferente em Santa Catarina. De acordo com pesquisa da Fretebras, 48% dos caminhoneiros apoiam a paralisação.

Apesar de quase metade demonstrarem posição favorável, o presidente da Fetrancesc afirma que as empresas não irão aderir ao movimento dos caminhoneiros.

“Existem lideranças que estão organizando o movimento e eu, como representante das empresas, afirmo que não será acolhida. Porém, precisamos das forças públicas para liberar bloqueios nas rodovias. Caso contrário, o Brasil vai parar como em 2018”, detalha Rabaiolli.

Outro ponto abordado pelo caminhoneiros para a paralisação é o valor de R$ 400 mensais do auxílio diesel prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), anunciado na última quinta-feira (21).

Apesar de se posicionar contra a greve, o presidente da Fetrancesc reconhece que o valor é muito abaixo dos gastos com combustível pelos transportadores.

“O auxílio de R$ 400 não representa 5% do que um caminhoneiro consome em óleo diesel. Em média, são mais de R$ 10 mil de combustível mensalmente”, exemplifica Rabaiolli.

Governo de SC estuda possibilidades para “segurar” o preço

Vale ressaltar que o governo estadual pediu para a SEF (Secretaria de Estado da Fazenda) produzir um estudo para avaliar a possibilidade de retirar os combustíveis do sistema de  ST (Substituição Tributária).

A pasta não tem prazo para finalizar o trabalho, mas o governador pediu celeridade, pois, o objetivo é enfrentar o aumento no preço dos combustíveis para os catarinenses.

A SEF informou que o estudo iniciou-se na segunda-feira passada (18) e deve levar algumas semanas para a finalização.

Atualmente, Santa Catarina tem uma das menores alíquotas do país na gasolina, de 25%. Para o diesel, a alíquota é de 12%.



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