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Após explosão de casos, governo de SC se reúne para avaliar ações na pandemia

Com o agravamento da pandemia da Covid-19, o governo de Santa Catarina se reuniu na manhã desta quarta-feira (5) para atualizar e avaliar as ações diante do novo cenário.

O encontro foi realizado na Casa d’Agronômica, em Florianópolis, e contou com a presença do governador do Estado, Carlos Moisés, e do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

O Executivo ressaltou que segue monitorando de perto a evolução do quadro, principalmente, nos maiores municípios, onde houve aumento significativo na busca por atendimento ambulatorial.

Até a tarde desta quarta, novas medidas de combate à Covid-19 não foram anunciadas pelo governo do Estado.

Falta de fiscalização

Em entrevista nesta terça-feira (4), André Motta Ribeiro admitiu que as festas de fim de ano não obedeceram as regras sanitárias propostas para controlar a pandemia do coronavírus em Santa Catarina.

Mesmo com o cenário de aumento do número de casos e filas para atendimento em hospitais, o gestor da Saúde descartou medidas mais rígidas para frear o contágio. Por outro lado, o secretário reforçou o papel dos municípios na liberação e fiscalização dos eventos, conforme destaca o decreto estadual.

“Havíamos alertado através do decreto do governador Moisés sobre a responsabilidade de autorização e fiscalização dos municípios para ter maior eficácia neste momento. Infelizmente, o que vimos no final de dezembro foram eventos absolutamente fora das regras sanitárias e as consequências aparecem”, destacou o secretário de Estado da Saúde.

Início de nova onda

O mais recente boletim do Necat/UFSC (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense), que analisa os dados da Covid-19, apontou que o aumento de infecções e da taxa transmissão nos últimos dez dias do ano apontam “possibilidade concreta do início de uma nova onda de contaminação da população catarinense, caso persistam as condições atuais (grandes aglomerações sociais e descaso com uso das máscaras)”.

O cenário já é visível nos hospitais e unidades de saúde, que viram o aumento da procura por pacientes com sintomas respiratórios – o que pode indicar tanto infecções do novo coronavírus como de gripe.

Para o Necat, a aceleração da propagação da Covid-19 também ocorre por conta do avanço da Ômicron, variante do coronavírus mais transmissível que as demais cepas.



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