Após alta no hospital no hospital Vila Nova Star, de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro admitiu que ‘en
“Domingo eu não almoço, engulo. Uma peixada, tinha uns camarõezinhos também. Aí eu mastiguei o peixe e engoli o camarão. Foi isso que aconteceu”, explicou o presidente.
As férias em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, foram interrompidas por conta do problema de saúde. Uma equipe da NDTV Record TV Joinville registrou com exclusividade o momento em que o presidente embarca em um avião em Joinville, já usando um acesso venoso no braço.
Durante a internação, o presidente usou uma sonda nasogástrica até poder voltar a se alimentar normalmente, o que aconteceu na terça (4), com o início da dieta líquida.
Desde 2018, quando ocorreu a facada, o presidente passou por seis cirurgias no trato digestivo.
Após receber alta, Bolsonaro reclamou das críticas de que foi alvo durante a internação de dois dias.
“Estava previsto para eu retornar na terça-feira (4) a Brasília, mas vim parar aqui. Agora, querer levar para o lado da politização, que estou vitimizando, é brincadeira, né?”, questionou. Segundo o presidente, a internação não tem efeito político com relação às eleições deste ano.
Em entrevista coletiva, ele também criticou as dúvidas sobre a facada da qual foi vítima em 2018, durante a campanha eleitoral.
“Querem politizar uma tentativa de homicídio. As imagens mostram a faca entrando, inclusive o brilho da faca quando sai. Falar que isso é uma faca fake? A faca passou por poucos milímetros da aorta”, disse.
“O pessoal tem dúvida, alguns dizem que seria armação da minha parte. A faca entrou e, na hora, alguns falaram que não sangrou, mas uma facada nessa região não sangra porque vai tudo para dentro”, complementou.
Bolsonaro também criticou a investigação do caso. O delegado saiu do caso, está indo para o exterior, o processo foi reaberto depois de três anos, e eu espero que a PF aprofunde mais, porque agora conseguimos adentrar nos telefones dos advogados [do Adélio]”, disse
O que diz o médico
O médico Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde a facada, disse que a cirurgia, à época, foi muito bem feita. “Embora esteja tudo bem, aderências possibilitam quadro de obstrução intestinal. Normalmente, nesses quadros, não operamos direto”, explicou.
O cirurgião veio das Bahamas, onde passava férias, para atender o presidente e descartou nova cirurgia. “Vai fazer dieta especial em uma semana, vai fazer apenas caminhada, sem exercícios intensos. Mas ele está curado e pronto para o trabalho”, disse.