O autor do ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, foi encontrado morto na noite desta terça-feira (20) na Casa de Custódia de Londrina, onde estava preso desde o dia do atentado, na segunda-feira (19).
Segundo informações divulgadas pela polícia do Paraná, o autor do ataque tirou a própria vida e foi encontrado na própria cela. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para averiguações.
Morre segunda vítima
Ontem (20), morreu a segunda vítima do ataque. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário de Londrina, onde Luan Augusto, 16 anos, estava internado. A família do estudante autorizou a doação dos órgãos. O nome da segunda vítima ainda não foi divulgado.
Já Karoline Alves, de 17 anos, foi atingida na cabeça por tiros, no dia do atentados, e não resistiu.
De acordo com a polícia civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens, pois, para ele, “estaria retaliando aquele sofrimento” e mágoa que guardava do tempo em que estudou no colégio. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que, em depoimento, o autor dos disparos confirmou não ter vínculo com as vítimas.
O secretário informou ainda que o atirador já havia efetuado um ataque com faca em uma outra escola, no passado, e foi denunciado pelo ministério público. Na época, a polícia militar foi acionada, mas ele fugiu.
Religiosos
Segundo informações repercutidas nas redes sociais, os jovens eram Cristãos e religiosos. O perfil oficial do Padre Paulo Ricardo escreveu: “A equipe do site do Padre Paulo Ricardo dá os seus pêsames e oferece suas orações às famílias dos jovens Karoline Verri Alves e Luan Augusto.
Os dois eram namorados e foram vítimas de um ataque brutal na manhã de ontem, 19 de junho, na Escola Estadual Helena Kolody, na cidade de Cambé (PR).
A menina Karoline, de 17 anos, faleceu na hora. O menino Luan, de 16, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de hoje.
Recebemos a informação de que Karoline gostava muito do Padre Paulo Ricardo. Os dois procuravam viver o namoro de acordo com o que ensina a Igreja e eram bastante ativos na comunidade católica que frequentavam, a Paróquia Santo Antônio.
Fontes próximas à família atestam que a menina teria se confessado alguns dias antes da tragédia, e que esse era um costume dela. Karoline dizia querer estar sempre preparada para a hora da morte.
Rezemos pelos dois jovens e também por suas famílias! — Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Que as almas de Karoline e Luan, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém.”