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SC vive ‘explosão’ de dengue e número chega a 1.200 novos casos prováveis por dia

Santa Catarina vive uma explosão no número de casos prováveis de dengue. Segundo dados da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), já são 1.200 novos casos detectados diariamente no estado.

Ao todo, desde o dia 1º de janeiro até esta terça-feira (9), foram identificados 118.980 casos prováveis de dengue em Santa Catarina.

Há ainda 62 mortes confirmadas pela doença e outras 24 que ainda estão em investigação para confirmar ou não se foram causadas pelo vírus.

Joinville continua sendo a cidade com o maior número de casos prováveis de dengue em Santa Catarina. Ao todo, são 41.645 casos identificados. Em seguida, vem a cidade de Blumenau, com 21.088 casos, e Itajaí, com 15.089.

A chikungunya também faz vítimas no estado. Ao todo, já são 200 casos prováveis da doença em Santa Catarina.

Fique atento aos sintomas de dengue

De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde, é preciso ficar atento (a) aos sintomas de dengue. Confira:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Estes são os principais sintomas da dengue. Além disso, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão e sangramento de mucosas já são sinais de alarme, indicando a necessidade de procurar imediatamente o serviço de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito).

Os vírus dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Flavivirus. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.

As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4.

Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste.

Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos.

Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus.

A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

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Qual o tratamento?

Não há medicamentos específicos para a doença. A ênfase recai sobre a hidratação, encorajando o consumo de água e soros orais, disponíveis em farmácias. Esses soros não apenas fornecem líquidos, mas também repõem os sais minerais essenciais ao organismo.

Para amenizar sintomas como dores e febre, antitérmicos como dipirona e paracetamol podem ser tomados. O Ministério da Saúde reitera que vale ressaltar a importância de consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso.

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Prevenção

A prevenção envolve medidas para evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Confira:

  • Eliminação de criadouros: Reduza o acúmulo de água parada, que é onde os mosquitos depositam seus ovos. Remova recipientes que possam reter água, como pneus velhos, vasos de plantas, garrafas vazias e outros objetos.
  • Limpeza de Calhas: Certifique-se de que as calhas estejam limpas e desobstruídas para evitar o acúmulo de água.
  • Manutenção de piscinas e caixas d’água: Mantenha piscinas limpas e com tratamento adequado, e tampe as caixas d’água para evitar o acesso dos mosquitos.
  • Uso de telas de proteção: Utilize telas em portas e janelas para evitar a entrada de mosquitos em ambientes fechados.
  • Repelentes: Aplique repelentes na pele exposta para evitar picadas de mosquitos.
  • Certifique-se de seguir as orientações do fabricante e de aplicar novamente conforme necessário.
  • Uso de roupas protetoras: Ao visitar áreas onde a incidência da doença é alta, use roupas que cubram a maior parte do corpo, como calças e camisas de manga longa.
  • Difusores elétricos e mosquiteiros: Em regiões de maior risco, considere o uso de difusores elétricos e mosquiteiros para proteção durante o sono.
  • Conscientização comunitária: Promova a conscientização na comunidade sobre a importância da prevenção e da eliminação de criadouros.

Essas práticas ajudam a reduzir a proliferação do mosquito vetor e, consequentemente, o risco de transmissão da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

Via: ND+



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