Nos últimos tempos, estamos percebendo que os conhecimentos científicos muitas vezes estão sendo colocados a prova. Alguns grupos sociais embasados em empirismo, achismos ou fake news começaram a colocar de lado estes conhecimentos comprovados através de métodos, para fortalecer teorias conspiratórias, ou que não tem base científica nenhuma e visam apenas ludibriar várias pessoas.
O físico e filósofo Mario Bunge, na obra La Ciencia: Su Método y Su Filosofía (1985), argumenta que “a ciência é um corpo de conhecimento que pode ser caracterizado como racional, sistemático, exato, verificável e, portanto, falível”. Por isso, o conhecimento que não passa por uma metodologia adequada precisa ser questionado e não ser como fio condutor para criação de políticas públicas.
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Alguns questionamentos atuais contra o uso de vacinas, uso de medicamentos (exemplo da cloroquina) estão pondo em risco a saúde e consequentemente a vida de muitas pessoas. Já observamos números crescentes
no Brasil de doenças até então controladas como o sarampo. Nunca na história investimentos em ciência e tecnologia foram tão importantes quanto na atualidade, o fazer ciência se tornou imprescindível nos dias de hoje. E uma das principais fontes de transmissão destes conhecimentos científicos além das revistas é o ambiente escolar.
A escola como ferramenta de promoção de equidade entre a sociedade e formadora de pensamento teórico nos estudantes, precisa evidenciar cada vez mais que as pessoas precisam tomar suas atitudes a partir de um pensamento teórico consolidado.
Nestes momentos de pandemia, observamos muitas pessoas se posicionando com opiniões baseadas em achismos, colocando conhecimento já produzido por pesquisadores na área de lado para seguir coisas sem fundamento.
Volto a ressaltar, precisamos de postura teórica para nos posicionar frente a estas situações, com atitudes e pensamentos que estão baseados em evidências científicas.
E finalizo a coluna desta semana voltando a citar que é na escola onde estes conhecimentos precisam ser evidenciados, internalizados e promovidos. Só a partir de uma educação de qualidade que poderemos mudar a nossa sociedade buscando mais igualdade social e qualidade de vida.
Professor Simão Henrique Jakobowski*
*Graduado em História pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2013), com Pós graduação em Metodologia de Ensino de História efetuada pela mesma instituição no ano de 2014. Possui Graduação em Geografia pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2015), com Pós Graduação em Metodologia de Ensino de Geografia (2017). Possui especialização em Administração Escolar, Supervisão e Orientação pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2017). Mestre em Educação pela FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau). Atua como Gerente de Educação na Secretaria de Educação no Município de Massaranduba.
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