As perdas patrimoniais que os produtores rurais catarinenses tiveram com o ciclone-bomba que ocorreu no último dia 30 foram imensas. Para conhecer as reais dimensões dos efeitos do mais grave advento climático das últimas décadas, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) está promovendo um amplo levantamento em todo o território barriga-verde.
O presidente José Zeferino Pedrozo convocou os 92 Sindicatos Rurais filiados para que, em suas respectivas bases territoriais, façam a apuração das informações e as transmitam à FAESC com a maior rapidez possível.
As informações dos Sindicatos Rurais irão compor um relatório conjuntural que a Federação levará à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e servirá de fundamento para uma série de reivindicações junto ao Governo Federal.
“Possivelmente vamos propor a criação de uma linha especial de crédito para o produtor rural reconstruir seu patrimônio”, antecipa Pedrozo.
O ciclone-bomba com ventos de até 120 km/h destruiu lavouras, instalações agrícolas e estruturas produtivas, além de interromper o fornecimento de energia elétrica.
Há registro da destruição total ou parcial de aviários, criatórios de suínos, paióis, armazéns, estábulos, residências, cercas entre outras estruturas produtivas, além do afundamento de embarcações e danos aos cultivos de moluscos.
As quedas de energia geraram a mortandade de frangos e perus e a perda de grande quantidade de leite que se encontrava nos resfriadores e, também, aquele leite que não pode ser coletado porque os estabelecimentos rurais ficaram vários dias sem energia elétrica.
O presidente da FAESC aponta que levantamento preliminar elaborado pela Epagri revela que mais da metade dos municípios catarinenses tiveram famílias rurais ou pesqueiras afetadas pelo ciclone, com perdas principalmente na pecuária, olericultura, fruticultura, tabaco, reflorestamentos e flores ornamentais. O vendaval também provocou o bloqueio de estradas.
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Fonte: MB Comunicação