Santa Catarina terá mais duas escolas da rede estadual incluídas no modelo cívico-militar a partir de 2021: a EEB Professor Jaldyr Bhering Faustino da Silva, de São Miguel do Oeste, e a EEB Coronel Pedro Christiano Feddersen, de Blumenau. As unidades tiveram assembleias virtuais dos gestores com professores e alunos nos últimos dias e ambas tiveram adesão unânime da comunidade à proposta de Escolas Cívico-Militares (ECIM).
“Este modelo educacional traz uma formação interessante para os alunos, que têm uma equipe pedagógica focada no processo de ensino e aprendizagem e o apoio dos militares para trabalhar questões como disciplina, organização, conservação da escola. Contribui para a formação intelectual e ajuda a formar noções importantes de cidadania”, ressalta o governador Carlos Moisés.
As duas escolas estão incluídas na categoria “Recurso” do programa, em que o Governo do Estado viabiliza o suporte de militares da reserva para apoiar na gestão da escola e o governo federal destina verba para investimento no espaço físico e no trabalho pedagógico das unidades. Cada escola terá o repasse de R$ 652 mil até o fim do ano para iniciar os investimentos.
A vice-governadora Daniela Reinehr, que solicitou ao Ministério da Educação, no mês de novembro, a designação de mais escolas ECIM para Santa Catarina, comentou a confirmação das duas unidades. “Solicitei ao MEC que trouxéssemos o modelo ECIM para mais escolas públicas catarinenses e a Secretaria de Estado da Educação executou um excelente trabalho, até obtermos a confirmação. Ainda mais importante é que a proposta foi muito bem recebida pela comunidade escolar, ampliando as oportunidades de proporcionarmos aos estudantes uma formação educacional, ética e moral de excelência.”
Com a adesão dessas unidades ao modelo cívico-militar, a rede estadual de Santa Catarina terá cinco escolas incluídas no programa. No início do ano letivo de 2020 houve a adesão de três escolas estaduais ao modelo: a EEB Emérita Duarte Silva e Souza, em Biguaçu, a EEB Professora Irene Stonoga, em Chapecó, e a EEB Professor Angelo Cascaes Tancredo, em Palhoça – esta última, uma escola nova que foi inaugurada pelo Governo do Estado neste ano com investimento de R$ 8,9 milhões.
Para o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, o modelo cívico-militar irá contribuir com as comunidades em que as escolas estão inseridas. “Consideramos que essa iniciativa certamente vai nos ajudar a alcançar ainda melhores resultados no processo de educação. Além dos investimentos que as unidades recebem, a soma desses profissionais militares será muito bem-vinda para essas escolas. Os alunos que passarem por essas escolas certamente ganharão um diferencial na sua trajetória de vida e de carreira.”
Como são as escolas do modelo cívico-militar?
O compromisso da escola cívico-militar, previsto no decreto que instituiu o programa, é atingir a gestão de excelência nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa. O objetivo é contribuir com a formação dos estudantes em todas as dimensões: intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica, de forma a melhorar o aprendizado, aumentar a aprovação escolar, melhorar o IDEB, contribuir com a redução dos índices de violência, além de despertar o respeito e satisfação dos alunos e profissionais da escola.
As escolas ECIM receberão o apoio de militares para atuarem na escola como forma de complementar a função do diretor e demais gestores pedagógicos. Com os oficiais que ocuparão cargos de gestão e outros militares para auxiliar como monitores, a equipe irá apoiar a gestão em atividades cotidianas, de forma que a equipe pedagógica possa se dedicar ao processo de ensino.
O regimento interno do programa das escolas cívico-militares do governo federal destaca que os profissionais do quadro militar devem atuar com base em cinco valores: honestidade, civismo, dedicação, excelência e respeito. Eles também irão orientar os alunos sobre disciplina, criar ações de educação cívica, auxiliar na conservação da unidade, organizar eventos e oferecer apoio socioemocional em situações de bullying.
Investimentos na estrutura da escolas
Professores e gestores das unidades elaboraram um plano de trabalho que será enviado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) detalhando como os recursos do governo federal serão investidos nas escolas. Os recursos podem ser usados tanto para a compra de equipamentos para adequar as atividades cívicas e pedagógicas quanto para reformas pontuais na estrutura das unidades.
Na EEB Professor Jaldyr Bhering Faustino da Silva, de São Miguel do Oeste, o investimento inclui a compra de computadores, projetores e suportes para data show para as salas de aula, assim como cadeiras, carteiras e mesas novas para alunos e professores. Também há previsão de reforma do ginásio de esportes, além da aquisição de materiais novos para prática esportiva, e adequação do espaço para auditório.
Já na EEB Coronel Pedro Christiano Feddersen, de Blumenau, devem ser adquiridos aparelhos de TV, computadores e projetores interativos para as salas de aula, além da biblioteca e do laboratório de matemática. Também está prevista a compra de materiais como bolas e tatames para a prática de atividades de Educação Física. O investimento inclui reforma do telhado da estrutura, pintura geral e substituição de pisos.
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