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Cancelado lockdown Santa Catarina, multa e praias liberadas: o que muda com o novo decreto

Santa Catarina tem novas medidas de restrição para o combate ao coronavírus. Entre as ações está a liberação de praias para a prática de atividades físicas, uma multa de R$ 500 para quem não usar máscara e o escalonamento dos horários de comércio e serviços públicos. As medidas começam a valer no sábado (20) e seguem em vigor até o dia 6 de abril (veja abaixo).

O novo decreto não prevê uma diferenciação de medidas aos sábados e domingos como aconteceu nas três fins de semana. O governador Carlos Moisés (PSL) já havia pontuado em entrevista à NSC TV que não haveria mais restrições no período.

Conforme adiantado com exclusividade pelo jornalista Raphael Faraco, da NSC TV, foram definidos horários diferenciados para o funcionamento das atividades. O comércio de rua das 8h às 17h. Já shoppings e galerias das 10h às 22h.

O objetivo é evitar aglomerações no transporte público nos horários de pico. Os serviços essenciais não serão afetados por essas restrições e podem funcionar 24h.

Diferente dos decretos anteriores, dessa vez há uma limitação de horário para o funcionamento de supermercados. Os estabelecimentos podem ficar abertos das 6h às 22h.

​Em relação a aplicação das multas, o decreto prevê dobrar o valor em caso de reincidência. Outro ponto é a liberação das praias, parques e praças apenas para a realização de atividades físicas, não sendo permitida a permanência no espaço.

A utilização de embarcações de esporte e recreio fica restrita a um limite de 50% da capacidade. Em agências bancárias, correspondentes bancários, lotéricas e cooperativas de crédito, o atendimento deverá ser individual, com controle de entrada e monitoramento do distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas.

Confira as medidas do decreto:

– Comércio de rua pode funcionar das 8h às 17h;

– Shopping centers, centros comerciais e galerias podem funcionar entre 10h e 22h;

– Restaurantes, bares, pizzarias, sorveterias e afins, a permissão de funcionamento ocorre das 10h às 22h;

– Serviços públicos e privados não essenciais têm permissão de funcionamento das 10h às 19h;

– Fica proibido o funcionamento de casas norturnas, shows, espetáculos e eventos sociais, congressos, palestras, seminários, feiras, leilões, exposições e inaugurações;

– Calendário esportivo da Fesporte está suspenso;

– Praças, parques, praias, balneários e jardins botânicos está permitido a prática individual de esportes;

– Consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos fica impossibilitado entre 18h e 6h.

O que pode funcionar entre às 6h e 22h:
– Academias e centros de treinamento;

– Utilização de piscinas de uso coletivo,

– Clubes sociais e esportivos; parques temáticos, parques aquáticos e zoológicos;

– Cinemas e teatros; circos e museus; igrejas e templos religiosos,

– Lojas de conveniência em postos de combustível, confeitarias, cafeterias, casas de chás, casas de sucos, lanchonetes e supermercados.

Podem funcionar 24h:

– Farmácias, hospitais e clínicas médicas;

– Serviços funerários; serviços agropecuários, veterinários e de cuidados com animais em cativeiro; assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;

– Estabelecimentos que realizem atendimento exclusivamente na modalidade de tele-entrega; postos de combustíveis;

– Estabelecimentos dedicados à alimentação e à hospedagem de transportadores de cargas e de passageiros, situados em estradas e rodovias; e hotéis e similares.

O decreto com a atualização das medidas será publicado ainda nesta sexta-feira (19) no Diário Oficial. As regras foram definidas após uma reunião do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) na quinta-feira (18). O grupo formado primariamente por técnicos da saúde já havia descartado na quarta-feira (17) um lockdown de 14 dias em Santa Catarina.

O Coes foi criado em março de 2020 para coordenar as ações de combate à pandemia de Covid-19. O grupo é composto por 19 instituições, incluindo conselhos de categorias profissionais da saúde, técnicos e integrantes indicados por diretores de diferentes áreas do governo e nomeados pela Secretaria de Estado da Saúde.

Lockdown foi descartado

O Ministério Público e a Defensoria Pública de SC entraram com uma ação na Justiça pedindo um lockdown de 14 dias no Estado. O objetivo era reduzir o número de casos ativos de infectados pelo vírus. A Justiça, contudo, definiu que a decisão final sobre o fechamento total caberia ao Coes.

A reunião desta quinta encerrou as propostas do Coes para o atual momento da pandemia em SC. O Executivo também tenta reverter a situação na Justiça para retomar o comando sobre a gestão da pandemia, mas o recurso ainda não foi julgado.

 

Via: NSCTotal



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