Durante reunião realizada nessa segunda-feira (24), André Motta Ribeiro, secretário de Saúde de Santa Catarina, alertou que as próximas semanas serão difíceis para o Estado. Ribeiro abriu a reunião expondo a possibilidade de um aumento considerável dos casos e solicitou que os municípios, em conjunto com o governo estadual, tomem atitudes “rápidas” e “sólidas”.
“Nós vamos enfrentar dias muito ruins nas próximas semanas, com aumento já sentido e já perceptível do numero de casos que já está se refletindo na ocupação de UTI Covid”, afirmou Ribeiro.
O secretário finalizou sua fala inicial destacando que o Estado e os municípios precisam estruturar ofertas de serviço de alta complexidade contra a Covid e demonstrou preocupação quanto ao baixo percentual de imunização de alguns grupos prioritários e a informação de sobra de vacinas.
Durante as mais de duas horas de reunião, os secretários de saúde do municípios catarinenses discutiram a antecipação da vacinação dos profissionais da Educação e os próximos passos de imunização. Já ao final da reunião, a possibilidade de uma nova onda voltou a ser discutido.
“A pandemia ainda não acabou. Existe, infelizmente, uma expectativa de que nós tenhamos uma aceleração dos casos, talvez uma próxima onda. Nós precisamos mais que nunca pelo menos manter as estruturas que estão vigentes para dar o atendimento para as pessoas que possam vir a precisar. E mesmo assim, fazer um esforço de sobremaneira para ofertar mais”, disse Alexandre Lencina Fagundes, secretário-adjunto da Saúde.
Reestruturação do Centro de Operações de Emergência em Saúde
Fagundes destacou ainda que a pasta está se esforçando para reestruturar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), que “ficou prejudicada” durante o afastamento do governador Carlos Moisés, durante o segundo processo de impeachment.
Santa Catarina conta com o COES Estadual, subdividido em cinco eixos de trabalho e os COES Regionais. Segundo Fagundes, neste momento a Secretaria visa resgatar o aspecto técnico do COES estendendo para as macrorregiões de saúde. “Nós vamos ter uma ferramenta que vai fazer a tramitação da informação nos três níveis do COES: técnico prático, estratégico e o decisório governamental”, finalizou o secretário-adjunto.