Uma das grandes curiosidades minha como professor é de conhecer sistemas de educação ao redor do mundo. Há algum tempo venho pesquisando sobre esta temática e vejo coisas muito interessantes. Por isso, a partir desta semana na coluna discutirei como anda a educação em alguns países.
Ressalto que a ideia não é comparar com a nossa educação brasileira, porque entendendo que em cada realidade existem particularidades, porém, como sabemos experiências exitosas devem ser pesquisadas e se possível copiadas.
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Para esta semana escolhi a educação de Singapura, que de acordo com o relatório do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos- 2018) aparece como a segunda colocada, e tem uma sociedade que olha a educação como prioridade.
Quanto a Singapura, fomos verificar o que este pequeno país localizado no sudeste asiático tem de diferente para estar se destacando na área educacional, como uma das melhores educações do mundo.
Um país pouco desenvolvido até os anos 80, teve uma reviravolta e com investimentos fortes em tecnologia, inovação, turismo e principalmente em educação virou o cenário econômico e hoje é um dos grandes tigres asiáticos.
Como mencionado acima, a educação é um pilar da sociedade em Singapura sendo composta de grandes rotinas e investimentos das pessoas. Como a base da economia é voltada a tecnologia e itens ligados a este campo, é necessário manter o país sempre atualizado.
Como Singapura não possui terras agricultáveis e por muito tempo foi apenas um entreposto comercial, o governo investe fortemente em formar futuras sociedades que possam manter o legado atual e continuar mantendo a economia ativa.
No quesito educação há quatro itens principais que devemos que destacar neste momento: avaliações rigorosas, formação continua para professores, política de meritocracia por desempenho para docentes e busca constante por mudanças. Com base nestes pilares a educação se desenha.
No país há um processo de avaliações rigorosas, estas avaliações ditam como será em grande parte o futuro dos jovens, bem como limitam a entrada na universidade ou a buscar outras chances. Para isso, as famílias investem pesado em aulas de reforço para além das aulas normais.
Em média 8 de 10 estudantes tem aulas particulares de reforço, destes 40% de estudantes já na idade da pré-escola, 80% em idade de ensino fundamental e 60% em idade de ensino médio.
Isto revela, acima de tudo o compromisso da sociedade com uma educação de qualidade, bem como em preparar bem seus filhos para o mercado de trabalho competitivo que o país possui.
Outra bandeira muito grande é em investimentos para professores. Primeiro que para ingressar no magistério, há exames muito rigorosos que exigem muito conhecimento e preparação. Além disso, há muito investimento em formação continuada desde o início da careira.
Além de todos os critérios citados acima, nas escolas onde os alunos alcançam melhores desempenhos há compensações financeiras em formato de gratificação, é um processo meritocrático muito grande.
Porém o que mais podemos observar, é que a Educação é vista como prioridade pelo governo e principalmente pela sociedade.
É uma grande lição que podemos tirar, pois, só a partir de uma educação de qualidade nossas futuras gerações poderão continuar evoluindo e tornando o mundo cada vez melhor.
Professor Simão Henrique Jakobowski*
*Graduado em História pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2013), com Pós graduação em Metodologia de Ensino de História efetuada pela mesma instituição no ano de 2014. Possui Graduação em Geografia pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2015), com Pós Graduação em Metodologia de Ensino de Geografia (2017). Possui especialização em Administração Escolar, Supervisão e Orientação pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2017). Mestre em Educação pela FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau). Atua como Gerente de Educação na Secretaria de Educação no Município de Massaranduba.
