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Dois anos e meio após acidente de moto em Massaranduba, jovem de 23 anos se torna bombeira voluntária

Há momentos difíceis em nossa vida que ficam marcados para sempre. Alguns desses fatos servem de motivação para novos desafios e descobertas.

A história da bombeira voluntária e analista comercial Vanessa Alflen, de 23 anos, moradora do Centro de Massaranduba, serve de inspiração. Há pouco tempo, no dia 25 de abril, ela concluiu o curso de formação de bombeiro voluntário na cidade.

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Mas essa história de amor pela corporação começou há dois anos e meio. Vítima de um acidente de moto no dia 15 de outubro de 2017 no Centro da cidade, ela se sentiu aliviada e amparada com o atendimento dos bombeiros de Massaranduba que a socorreram.

“Eu estava pilotando minha moto na rua da Integração, em direção ao semáforo, quando um motorista atravessou para a rua Alfredo Muller, cortando minha frente. Eu estava na preferencial”, descreve, com detalhes, Vanessa.

A motociclista teve escoriações e sofreu uma fratura no punho direito. “Foi uma situação desesperadora, pois o outro motorista havia fugido sem prestar socorro e eu estava ali, no meio da rua, caída, sem saber o que fazer e o que pensar. Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Chorava de raiva e de dor”, recorda. Depois de 45 dias usando uma tala no braço, ela se recuperou e voltou a mexer o punho.

Alguns meses mais tarde, a jovem ficou sabendo do curso de bombeiro voluntário por meio de uma publicação no Facebook e foi até o quartel da corporação fazer a inscrição com o intuito de ajudar o próximo e retribuir, com seu trabalho, a ajuda que recebeu da corporação em um momento difícil.

“Entrei no curso porque no momento em que os bombeiros me atenderam, sabia que eles estavam dando o melhor de si para me ajudar. E foi isso que me motivou a ser bombeira, quero poder ajudar quando as pessoas precisarem”. Para ela, o momento mais marcante do curso de formação é o módulo de resgate em mata, quando os alunos passam uma noite no meio da mata realizando treinamentos.

A formatura deveria ter acontecido no último dia 28 de março, porém devido à pandemia do novo coronavírus a cerimônia acabou sendo adiada e foi realizada no fim de abril apenas com os formandos.

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Considerando o período de formação, Vanessa está na corporação há um ano e dois meses. “Cada voluntário precisa comparecer no plantão de fim de semana de sua equipe, que vai das 7h às 21h no sábado e das 7h às 19h no domingo. Durante a semana, cada voluntário trabalha conforme pode. Somos uma equipe. Há, sobretudo, parceria e companheirismo”, afirma a jovem, em relação ao ambiente na corporação.

Ao ser questionada em relação ao que passa em sua cabeça ao atender vítimas de acidentes, Vanessa diz que as lembranças do passado não voltam nesses momentos. “Graças a Deus consigo focar no atendimento. Só penso em ajudá-las da melhor forma possível e torço para que se recuperem”, finaliza.



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