Em atualização divulgada na última quinta-feira, a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) afirmou que o El Niño está de volta.
De acordo com a publicação, com o aquecimento das águas do Pacífico a agência norte-americana prevê a permanência do fenômeno durante o inverno no Hemisfério Norte, ou seja, durante o verão no Brasil.
“As chances de se tornar um evento forte estão em 56%. As chances de pelo menos um evento moderado são de cerca de 84%”, afirma a publicação.
Ainda de acordo com o relatório, um El Niño mais forte significa que a temperatura global, a chuva e outros padrões têm maior probabilidade de refletir os impactos esperados do El Niño. Desde o ano passado, o NOAA estava monitorando as possibilidades do retorno do El Niño.
Conforme explica a MetSul, o fenômeno pode mudar as condições do clima no mundo todo, favorecendo extremos de chuva e seca.
“Em escala planetária, o El Niño – pelo aquecimento oceânico – eleva ainda mais a temperatura do mundo. Por isso, é quase um consenso que o mundo pode ter em 2024 o ano mais quente já observado na era instrumental, se 2023 já não bater o recorde antes”, afirma a consultoria.
Para o Brasil, a grande preocupação é com a redução das chuvas nas regiões Norte e Nordeste. O fenômeno climático pode favorecer os períodos de seca e temperaturas acima da média nessas áreas.
Depois de três anos com chuvas abaixo da média, o El Niño pode favorecer o excesso de chuva no Sul do Brasil, com destaque para o risco de cheias e enchentes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina,
Segundo a MetSul, a condição também pode favorecer a incidência de temporais com ventania e queda de granizo nos próximos meses.
“Especialmente no fim do inverno, com o período mais crítico de tempo severo na primavera e no verão. Podem ocorrer muitos temporais com estragos no sul do país”, complementa.