O dia do aniversário da pequena Amanda Gabrieli Crespim sempre foi de comemoração e alegria para a mãe, Débora Daniela Evangelista. Neste sábado (5), no entanto, quando completou 6 anos de idade, Amanda foi levada pelo pai nos primeiros minutos da madrugada.
Foi quando a felicidade se transformou em desespero para a mãe. “Eu estou desesperada, eu só quero minha filha de volta, eu não posso ficar sem ela”, diz.
Aos 37 anos, Débora viu, nos primeiros minutos do dia do aniversário da filha, o companheiro colocá-la dentro do carro, fechar tudo e arrancar “cantando pneu” pelas ruas do bairro Vila Lalau.
Ela conta que tudo começou por volta de 00h30, quando foi agredida enquanto dormia. “Eu estava dormindo porque estava cansada, tinha trabalhado o dia inteiro e, de repente, ele me deu um soco, apertou meu pescoço e dizia que iria me matar. Eu consegui levantar, colocar um roupão e correr para a rua”, conta.
Débora relata, ainda, que os filhos mais velhos tentaram ajudar e também foram agredidos. Eles acionaram a polícia, mas não houve tempo para impedi-lo.
“Eu corri para a rua, algumas pessoas vieram ajudar porque ele disse que iria me matar. Nisso, ele colocou a pequena no carro e fugiu com ela, saiu em alta velocidade. Eu não consegui defender minha filha”, lamenta.
Ameaças e agressões recorrentes
Débora conta que o companheiro já havia a agredido em outras situações, mas que sempre alegou arrependimento e que “mudaria”. “Ele falava que o dia que se cansasse, iria embora, fugiria com a menina e ninguém pegaria ela”, diz.
Os dois estão juntos há 10 anos e Débora conta que o companheiro tem família no Mato Grosso do Sul e no Paraguai, para onde ela acredita que ele possa ter levado a filha.
Após registrar boletim de ocorrência na manhã deste sábado, a mãe acionou o seguro do carro, na tentativa de rastrear o veículo. Também tentou encontrá-lo na casa de familiares em Schroeder, mas não teve sucesso.
Segundo Débora, Amanda estava com um vestido azul escuro com desenhos. “O medo é de ele nunca mais devolver minha filha, de nunca mais ver ela. Estou desesperada, eu só quero minha filha de volta, não posso ficar sem ela”, lamenta.
Além de registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil, as polícias rodoviárias foram acionadas para tentar identificar o veículo utilizado.
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