A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (17) que as plataformas de redes sociais apresentem todas as postagens feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sobre eleições, urnas eletrônicas e assuntos envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e as Forças Armadas.
O pedido foi feito pelo subprocurador Carlos Frederico Santos e enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e refere-se às plataformas Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, Twitter, LinkedIn e Youtube.
Se o envio dos dados for determinado pelo ministro, as informações vão embasar as investigações sobre supostas manifestações de Bolsonaro favoráveis aos atos de ‘8 de Janeiro’.
A PGR ainda pediu às redes sociais os dados sobre número de visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários nas postagens de Bolsonaro.
Bolsonaro foi incluído na investigação após publicar, no dia 10 de janeiro, um vídeo que questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022. A postagem foi apagada após a repercussão do caso, mas Moraes determinou que as plataformas preservem o material.
Além disso, na solicitação Santos também quer a lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores do ex-presidente nas redes sociais. O ex-presidente possui milhões de seguidores nessas redes. Não há informações específicas sobre o intuito de obter dados de quem segue o ex-presidente.
Na ação, o subprocurador reiterou sua posição contrária aos 2 pedidos feitos por procuradores do MPF, que solicitaram a oitiva de ‘especialistas em comunicação política de movimentos extremistas’ e o ‘monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro’, em uma petição apresentada no inquérito.
No documento, Carlos avalia que é “extremamente difícil” encontrar um especialista imparcial em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro, que possa realizar seu trabalho de “forma isenta, sem qualquer viés ideológico ou partidário”. Não há prazo para decisão de Alexandre de Moraes no caso.