A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (19) redução no preço do diesel A vendido às distribuidoras de combustíveis em R$ 0,30. O desconto começa a valer nesta terça-feira (20). Com a mudança, o litro do diesel A fornecido pela empresa passará a custar R$ 4,89. No entanto, o preço dos combustíveis no Brasil segue acima da paridade internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis.
A redução vale para o Brasil inteiro, inclusive em Santa Catarina. A diminuição é válida para o Diesel A, destaca César Ferreira Júnior, secretário executivo do Sincombustíveis (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região).
Conforme Ferreira Júnior, antes de chegar nos postos, o combustível passa pelas distribuidoras – o repasse do valor depende delas.
Joel Fernandes, vice-presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis, explica que os postos de gasolina têm estoque no preço antigo. Por isso, os postos continuam a venda nos valores anteriores. Para chegar até o consumidor, os empresários precisam comprar o produto com novo preço.
“Se eles forem vender o produto já com a redução tendo comprado no valor anterior terão perda de dinheiro. Ou seja, precisam esperar acabar o estoque anterior para então repassar a redução para as bombas. No entanto, os empresários que comprarem o diesel amanhã, já podem passar o desconto para os consumidores”, explica Fernandes.
Segundo a Petrobras, a queda no preço equivale a 5,78%. A estatal explica ainda que, como o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 20% de biodiesel, a parcela do diesel A no preço final passará de R$4,67, em média, para R$ 4,40, a cada litro vendido.
O preço do diesel comercializado pela Petrobras teve aumento pela última vez em 18 de junho, quando chegou a R$ 5,61 o litro. Desde então, o valor foi reduzido em R$ 0,20, em 5 de agosto; e em R$ 0,22, em 12 de agosto.
Paridade internacional
Apesar da redução, no Brasil o preço dos combustíveis segue acima da paridade internacional (preço da gasolina/diesel convertido para reais pois originalmente o valor é cotado em dólar), com a defasagem do diesel ainda maior que a da gasolina. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) divulgados nesta segunda (19).
De acordo com o economista Álvaro da Luz, a Petrobras aguarda sempre algum tempo para mexer poucas vezes nos preços.
“De fato os preços internacionais estão mais baixos, mas a Petrobras aguarda um pouco para fazer o reajuste ( para cima ou para baixo) menos vezes. Caso contrário mudaria toda a semana. Isso faria ficar uma bagunça nos postos”, cita.
O economista conta que quando a estatal reajusta os preços toda a cadeia de distribuição e postos precisa se ajustar. Por isso, tenta fazer sempre com um intervalo de tempo razoável.