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Quais os riscos da Covid-19 após tomar a vacina

Fui vacinado, e agora? Ainda ofereço risco para colegas de trabalho, amigos e familiares? Embora haja alertas constantes de especialistas e profissionais de saúde, as pessoas ainda têm dúvidas em relação ao que podem e não podem fazer.

Antes, no entanto, é importante lembrar que o perfil de imunização varia de acordo com cada vacina e o tempo considerado necessário para a imunização é de 14 dias após a segunda dose ou dose única da vacina.

Além disso, os níveis de eficácia indicados nas bulas dos imunizantes consideram o esquema terapêutico completo e com os intervalos recomendados entre as doses, pondera a Anvisa.

Quais são as chances pegar Covid e transmitir depois de imunizado?

Segundo a Anvisa, os estudos das  vacinas conduzidos até o momento estão focados na redução das complicações e no agravamento da doença. Não há dados conclusivos em relação às vacinas atuais no que diz respeito à transmissibilidade do vírus.

Todos os cuidados não farmacológicos como distanciamentos, uso de máscara e higiene das mãos, permanecer em ambientes bem ventilados devem ser mantidos.

Para o infectologista e professor do curso de Medicina da Univille, Tarcisio Crocomo, a vacina não impede que a pessoa carregue o vírus, ou seja, o vacinado pode até não sentir nada, mas poderá transmitir a doença para outra pessoa.

“Ainda estamos em período de pandemia. Mesmo que os índices tenham melhorado nos últimos dias, precisamos manter os mesmos cuidados para não disseminar o vírus: lavar as mãos, usar máscaras e manter o distanciamento”, ensina o professor, lembrando que o vírus da Covid-19 ainda está circulando de maneira importante.

Compartilha da opinião o infectologia Martoni Moura e Silva. Para ele, mesmo após o 14º dia da segunda dose, quando a vacina atinge seu grau máximo de imunização, há chance de a pessoa pegar Covid-19.

“A vacina vai evitar que a pessoa apresente formas graves da doença, vai evitar hospitalização, óbito, mas não impede de ter e transmitir o vírus.”

Claro que, aos poucos, o vírus está circulando com menor intensidade, mas “precisamos manter as máscaras e os demais protocolos de higiene”, reforça Martoni Moura e Silva.

Há estimativa de quando poderemos tirar as máscaras?

Segundo o especialista Martoni Moura e Silva, precisaremos conviver ainda mais um tempo com as máscaras, que protegem e salvam vidas. E a relação máscara x pandemia depende muito de região para região, de país para país.

Uso de máscara para proteção contra o novo coronavírus. – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC/ND

A decisão de liberar o uso de máscaras terá de levar em conta três principais fatores, segundo o infectologia: taxa de transmissibilidade, que deverá estar menor que 1%, mostrando acentuada curva de regressão do número; número de leitos que demonstram que o serviço de saúde está dando conta; e o percentual da população vacinada.

“A gente começa a  notar uma queda nos casos, mas temos pouco mais de 14% dos brasileiros imunizados com duas doses. Ainda é pouco. Acredito que teremos um maior impacto quando 40% dos brasileiros estiverem com as duas doses ou dose única”, detalha Martoni.

Segundo o especialista, estima-se que será possível liberar o uso de máscaras apenas quando o País atingir o índice de 75% da população imunizada, ou seja, como ciclo de vacinação completo.

Sintomas mais comuns das reações

Muita gente está apresentando reações às vacinas. Os relatos mais comuns são de quem tomou a AstraZeneca. Para o  infectologia Martoni Moura e Silva, no entanto, as reações que têm ocorrido, na maioria das vezes, são leves e toleráveis. Dor de cabeça, dor no corpo e febre são as reações mais comuns, informa Martoni.

“Importante é tomar a vacina, que é comprovadamente eficaz. Os sintomas são toleráveis e não devem ser um impeditivo para tomar. O melhor é estar protegido”, alerta.

Algumas outras vacinas, comenta o infectologista, também têm provocado algumas reações, mas são ainda mais escassas e leves.

Claro que há alguns grupos, como gestantes, que estão impedidas de tomar a AstraZeneca. “Neste caso, são contraindicações. Precisa respeitar e seguir a orientação do Ministério da Saúde”, finaliza o médico.



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