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Síndrome respiratória: relatório indica aumento de mortes entre 30 e 49 anos em SC

Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) divulgou nesta quarta-feira (1º) os dados sobre a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Santa Catarina, durante o período de 3 de janeiro até os registros em 28 de agosto.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave abrange casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica.

As causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.

Foram notificadas 58.408 hospitalizações em Santa Catarina. Alguns dados ajudam a ilustrar esse cenário:

  • Nenhum registro de SRAG causado pelos vírus da influenza A e B;
  • 7.686 (13,2%) foram classificados como SRAG não especificada (resultado negativo para influenza A – H1N1 e H3N2 – influenza B e outros vírus respiratórios);
  • 48.447 (82,9%) dos casos de SRAG foram ocasionados por outros vírus respiratórios – entre os vírus pesquisados estão 324 pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), 78 pelo Rinovírus, 08 pelo Adenovírus, 01 pelo Parainfluenza Tipo 1, 04 pelo Bocavírus (sendo que desses 04, 02 foram também pelo Coronavírus 229E), e 48.032 pelo SARS-COV-2;
  • 80 ocasionados por outros agentes etiológicos;
  • 2.195 casos (3,8%) estão em investigação.

No caso da vigilância da Covid-19 (SARS-COV-2), que é um componente da SRAG, os dados detalhados estão em um boletim próprio que pode ser encontrado no site www.coronavirus.sc.gov.br.

Registro de notificações

Considerando o município de residência, foram registradas notificações em 295 municípios catarinenses.

Foram registrados casos de pessoas pertencentes a municípios de outros Estados: AC (01), AL (01), AM (20), AP (01), BA (04), DF (05), ES (02), GO (06), MA (03), MG (13), MS (11), MT (05), PA (10), PB (03), PE (02), PI (02), PR (457), RJ (16), RN (03), RO (04), RS (235), SE (02), SP (53) e TO (01); e também 03 provenientes de outros países: Argentina, Estados Unidos da América e Peru.

Em relação ao sexo das notificações de SRAG, 32.729 (56%) ocorreram em pessoas do sexo masculino e 25.679 (43,9%) no feminino.

Dados divulgados pela Dive, em boletim no último dia 1º – Foto: Dive/ND

Faixa etária

A análise por faixa etária dos casos de SRAG notificados em 2021 demonstra que as pessoas mais afetadas são aquelas com idade acima dos 50 anos. Entretanto, é importante ressaltar o aumento dos casos em pessoas na faixa etária dos 30 aos 49 anos.

Índice de faixa etária – Foto: Dive/ND

Entre as suspeitas de SRAG a maioria, 56,5%, apresentou algum fator de risco para agravamento ressaltando os idosos (70,5%), com doença cardiovascular crônica (47,5%), diabetes mellitus (31,4%) e obesos (21%).

Perfil dos óbitos

Dos 58.408 casos notificados de SRAG, 13.509 evoluíram para óbito. Considerando o município de residência, foram registrados óbitos em 290 municípios catarinenses. Em relação ao sexo das pessoas que evoluíram para óbito, 7.701 (57%) ocorreram em pessoas do sexo masculino e 5.808 (42,9%) no feminino.

Foram registrados óbitos em municípios pertencentes a outros Estados: AM (02), BA (01), DF (1), MG (02), MS (02), MT (02), PA (03), PB (01), PR (112), RJ (06), RO (1), RS (54), e SP (14); e também 02 provenientes de outros países: Argentina e Peru.

Mais detalhes do perfil dos óbitos

  • Nenhum registro de óbito causado pelos vírus da influenza A e B;
  • 635 (4,7%) foram classificados como SRAG não especificada (resultado negativo para influenza A – H1N1 e H3N2 – influenza B e outros vírus respiratórios);
  • 12.853 (95,2%) óbitos como SRAG ocasionada por SARS-COV2;
  • 01 óbito como SRAG ocasionada pelo VSR;
  • 01 óbito como SRAG ocasionada pelo Adenovírus;
  • 10 classificados como SRAG por outro agente etiológico;
  • 09 estão em investigação.

A distribuição dos óbitos confirmados por SRAG é maior nas pessoas com idade acima de 60 anos. Entretanto, é importante ressaltar o aumento dos casos em pessoas na faixa etária dos 40 aos 59 anos.

Considerações

Os dados das notificações de SRAG mostram um cenário epidemiológico em que a transmissão predominante é a do SARS-COV-2. Entretanto, a vigilância é de fundamental importância para a identificação da circulação de outros vírus respiratórios, permitindo uma ação coordenada para a prevenção da transmissão e o manejo clínico dos pacientes com quadros suspeitos.

Em relação à influenza, considerando a sazonalidade da transmissão que é de abril a agosto, preconiza-se a importância da população procurar o serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe para o tratamento adequado, em especial os portadores de fatores de risco para agravamento e óbito (idosos, crianças, doentes crônicos etc.), pois estes têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelo vírus Influenza.

Além disso, todas as medidas de prevenção devem ser reforçadas durante todo o ano, principalmente lavar as mãos com frequência, evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas (distanciamento social) e o uso da máscara. Também é necessário manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, limpos com álcool, e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.

Via: ND Notícias



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